Toxicologia Ocupacional

A toxicologia é a ciência que compreende a interação e a relação dos agentes químicos com o organismo sob condições específicas de exposição e, também serve para avaliar, acompanhar e monitorar os efeitos tóxicos que pode vir a provocar nos organismos.

Já a toxicologia Ocupacional tem o mesmo objetivo da toxicologia. Mas, os instrumentos de estudo são compostos químicos utilizados no local de trabalho. Além do mais, ela ajuda na precaução do aparecimento de vários efeitos à saúde dos trabalhadores, devido à exposição aos compostos químicos, físicos e biológicos no local de trabalho.

Dessa forma é possível:

• Mapear os prováveis efeitos tóxicos que os compostos podem vir a provocar aos trabalhadores a curto e a longo prazo de exposição;
• Avaliação do panorama da exposição desses trabalhadores;
• Conhecimento das interações entre os diversos agentes que são utilizados no local de trabalho;
• Conhecimento do ambiente de trabalho para sugerir uma série de medidas de amparo, com o propósito de prevenir que os trabalhadores adoeçam e tenham acidentes, garantindo uma vida segura e saudável.

Qual a sua importância?

A análise da toxicologia ocupacional abrange a análise de dados toxicológicos de uma substância ou um composto químico com o propósito de se identificar toxicologicamente. Simultaneamente, é justificável fornecer conhecimento a respeito da forma correta de sua ocupação, além das medidas preventivas.

Para essa avaliação, é necessário a realização de análises, estudos in vitro e in silico e outros processos. Após essa avaliação, conseguimos:

• Estabelecimento da estimativa da exposição no local de trabalho;
• Determinação dos perigos dos agentes químicos, por meio da avaliação da toxicidade;
• Monitoramento dos níveis ambientais e biológicos das substâncias que os trabalhadores estão expostos;
• Estabelecimento dos níveis de exposição humana aceitáveis para substâncias em uso nos locais de trabalho;
• Definição da melhor matriz biológica (sangue, urina, ar exalado) a ser analisada e métodos para análise da substância ou seu(s) metabólito(s);
• Determinar biomarcadores de exposição e efeito (Indicador BEI da ACGIH, indicadores da NR-7, outros).

A toxicologia ocupacional dentro das empresas

Com essa avaliação de perigo dos agentes químicos, faz possível identificar quais agentes existentes na sua empresa podem provocar efeitos nocivos e tóxicos aos trabalhadores, no curto ou a longo prazo.

Já na toxicologia Ocupacional, os efeitos agudos e crônicos provocados pela exposição aos produtos químicos no local de trabalho são avaliados com um fator de suma importância para que sejam ajustados os limites de exposição ocupacional.

Dessa forma, a instauração desses indicadores declara uma série de estudos e avaliações de acordo com cada país e com a agência reguladora. Nota-se que a evolução das pesquisas e dados de toxicidade faz com que os limites sejam cada vez menores, planejando proteger a saúde dos trabalhadores.

No Brasil, a Norma Regulamentadora 15 é responsável por estabelecer os chamados Limites de Tolerância (LTs), sendo estabelecidos como:

• Entende-se por Limite de Tolerância, a concentração ou intensidade máxima ou mínima de um agente de risco, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

As FISPQs têm como objetivo a comunicação dos perigos dos produtos químicos aos trabalhadores, bem como informa-los quais os procedimentos devem ser adotados em caso de acidente e quais os equipamentos de proteção devem utilizar.

Com isso, a equipe de segurança do trabalho ao mesmo tempo com a equipe de higiene ocupacional, terão com base nas informações adquiridas da toxicologia ocupacional, informações suficientes para a avaliação do risco das atividades de trabalho desenvolvida com os agentes químicos.

Por fim, diante desse contexto serão estabelecidos o limite da exposição dos colaboradores em cada atividade e será proposta as medidas cabíveis para a diminuição dos riscos. Além disso, é essencial a avaliação e monitoramento das exposições.

Algumas Possíveis doenças ocupacionais provocadas por esses agentes químicos

• Desenvolvimento de silicose –desenvolvida por causa da exposição à sílica cristalina.
• Desenvolvimento de pneumoconiose –desenvolvida devido a inalação de poeiras inorgânicas, associada ao trabalho em metalúrgicas, construtoras, mecânicas ou minas.
• Asbestose –desenvolvida devido à inalação de poeira de asbesto (amianto).
• Beriliose –desenvolvida devido à inalação de poeira do berílio.
• Antracnose –desenvolvida devido a inalação de poeira de carvão, comum em mineradores.
• Benzeno – desenvolvimento de leucemia mieloblástica.
• Formaldeído – desenvolvido de câncer nasofaríngeo.
• Inalação de alguns tipos de gases e vapores irritantes: dióxido de enxofre, cloro, amônia, fosgênio, outros, podem provocar algumas doenças, tais como rinite, bronquite, alveolite, enfisema, asma, alveolite, outras.
• Alguns gases podem provocar asfixia química, como gás cianídrico, monóxido de carbono, anilina, nitrobenzeno e outros.
• Doenças de pele atentadas pela exposição a agentes químicos.
• Desenvolvimento de desordens pigmentares, como hiperpigmentação (escurecimento da pele) ou alteração da cor da pele, devido à exposição a metais pesados.

Neste cenário, é necessário observar como é importante a Toxicologia Ocupacional para a manutenção e monitoramento da saúde dos trabalhadores e garantia de um ambiente de trabalho saudável, por meio da avaliação, controle e prevenção.

As regulamentações e medidas devem ser adotadas, com uma consultoria especializada em toxicologia ocupacional, para visar a saúde e segurança ocupacional, podendo auxiliar a sua empresa.

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