Referências atuais do diagnóstico e prevenção da Endometriose

A endometriose é doença onde o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, acaba se estendendo em outras regiões do corpo. Em alguns casos os sintomas da doença estão relacionados a dores no período menstrual, infertilidade e dores nas relações sexuais.
A endometriose ocorre a partir da formação do tecido ectópico, ocorrendo normalmente na região pélvica fora do útero, incluindo os ovários, intestino, reto, bexiga, nervos e peritônio. Porém, esse tecido pode se estender de forma significativa em outras partes do corpo, como o diafragma, pleura e os pulmões.
A endometriose atinge uma a cada seis mulheres em período reprodutivo. Essa doença tem uma maior chance de ocorrer se houver casos na família.
Outro fator de importância é que embora a endometriose seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, a doença provavelmente começa já alguns meses após o início da primeira menstruação.

Tipos de endometriose

Nesse contexto, a doença é classificada em alguns tipos, mas as mais comuns são:

Endometriose Superficial é um dos tipos mais comuns, e afeta todo o peritônio da pelve, uma membrana que recobre os órgãos dentro da barriga. Além disso, atinge a superfície dos ovários, das tubas, da bexiga e do próprio útero, e outros locais. Porém por ela penetrar apenas 5 milímetros da superfície, uma simples cauterização pode eliminá-la.
Já a endometriose profunda, como o próprio nome já diz, afeta o peritônio com mais de 5 milímetros de profundidade. Essa manifestação da doença acomete as regiões para cervicais (ao lado do colo uterino), intestino e ligamentos uterinos. A endometriose profunda é o tipo mais grave da doença, tendo em vista que os sintomas apresentados são mais intensos e frequentes.
E por último a endometriose no ovário, que se manifesta com cistos/nódulos, os quais se formam a partir do sangue que se aloja no local durante o ciclo menstrual. Dependendo do tamanho desses cistos/nódulos a mulher pode vir a ficar infértil. E para que o tratamento da doença seja eficaz, muitas vezes é necessário a remoção desses nódulos, para que o tratamento seja eficaz.

Causas e Fatores de risco

Os ovários todo mês, produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) a se multiplicam para estarem preparadas para o recebimento do óvulo fertilizado. Aumentando o tamanho da mucosa e deixando ela mais espessa.
Se essas células crescem para fora do útero, surge a endometriose. O que difere das células normalmente encontradas dentro do útero, que são liberadas durante a menstruação, as células que formam a doença, permanecem fora do útero.
Porém, as causas da endometriose ainda não são totalmente claras, mas os estudos feitos levantam algumas possíveis causas para a doença:

– Menstruação retrograda;
– Crescimento de células embrionárias;
– Sistema imunológico deficiente.

Já os fatores de risco da doença estão associados a questão genética, pois a probabilidade aumenta seis vezes mais, do que as mulheres no geral que não apresentam nenhum caso na família.

Outros possíveis fatores de riscos são:

– Começar a menstruar muito cedo;
– Nunca ter tido filhos;
– Ciclos menstruais frequentes;
– Menstruações que duram muito, especialmente sete dias ou mais;
– Problemas como hímen perfurado, que bloqueia a passagem do sangue da menstruação;
– Anormalidades no útero.

Sintomas da endometriose

Os sintomas são variáveis e variam de acordo com o tipo e região acometida. Podendo ser: cólicas menstruais frequentes e intensas; dores abdominais fortes no período pré-menstrual; sangramento intenso e abundante durante a menstruação; presença de nódulos ou cistos na palpação abdominal; sensação de dor durante a micção; dor nas relações sexuais; constipação e dor intestinal; náuseas e vômitos durante os quadros mais graves de dor.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença pode ser feito por meio da descrição dos sintomas, ou também pode ser através do médico, que solicitará alguns exames. Os exames essenciais para o diagnóstico da endometriose são:
– Exame pélvico com toque vaginal e retal;
– Ultrassom especializado;
– Ressonância magnética;
– Laparoscopia.

O tratamento da doença pode ser feito através de algumas opções como: Medicamentos para controle da dor e minimização da progressão da doença, cirurgia para retirada das áreas afetadas pela endometriose e cirurgia radical – retirada dos dois ovários.
A doença não tem cura, mas todos os tratamentos podem causar alívio dos sintomas de forma parcial ou total acometidos pela endometriose por algum tempo ou até, para sempre.

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